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Influência do tipo de coberto vegetal nas propriedades físicas e químicas dos horizontes orgânicos e minerais do solo
Este trabalho pretende dar um contributo sobre o efeito da natureza das espécies
Florestais na pedogénese. O presente estudo decorreu na Serra da Nogueira, Nordeste de
Portugal, coberta por um bosque de Quercus pyrenaica, que constitui a vegetação climácica,
mas onde se tem vindo a assistir à introdução de outras espécies nomeadamente Pseudotsuga
menziesii e Pinus nigra. Para obter informação sobre a influência desta substituição de
espécies na pedogénese, foram seleccionadas três áreas de amostragem, uma de Pseudotsuga
menziesii (PM) outra de Pinus nigra (PN) e outra, que representa o solo original, de Quercus
pyrennaica (QP), em zonas adjacentes e com características edafo-climáticas idênticas. Em
cada área de amostragem foram seleccionados, de forma aleatória, 15 locais onde se procedeu
à recolha do material orgânico numa área de 0,49 m2 por local, e à recolha de amostras de
solo nas profundidades 0-5, 5-10, 10-15, 15-20, 20-30 cm.
Os horizontes orgânicos apresentam desenvolvimento máximo, compreendendo as
camadas L, F e H. Os resultados mostram que a acumulação de resíduos orgânicos à
superfície do solo é mais elevada para a espécie PM (31,8 t ha-1) quando comparada com as
espécies PN (27,1 t ha-1) e QP (18,4 t ha-1). Os resíduos orgânicos de PM mostram maiores
concentrações em fósforo, cálcio e magnésio; os de PN em carbono e finalmente os de QP
são mais ricos em Potássio. De um modo geral, as concentrações de elementos aumentam ao
longo do processo de mineralização/humificação, isto é, de L para H.
Em todos os solos analisados, observa-se que as concentrações de elementos minerais
diminuem consideravelmente dos horizontes orgânicos para os horizontes minerais. Sobre o
complexo de troca, regista-se uma baixa concentração de bases de troca no solo sob as três
espécies, sendo que a incorporação de bases de troca é superior no solo sob PM. Todos os
solos situam-se na zona considerada ácida com o valor de pH (H2O) mais elevado (5,4) no
solo sob PM e o mais baixo (4,7) no solo sob PN. A densidade aparente é geralmente
superior a 1 e idêntica entre espécies, em todas as profundidades consideradas. As diferenças
entre solos tendem a anular-se ao longo do perfil edáfico em todas as situações estudadas.This work aims to contribute on the effect of the nature of forest species in
pedogenesis. This study took place in the Serra da Nogueira, northern Portugal, covered by
Quercus pyrennaica, which is the climax forests vegetation, but which has been witnessing
the introduction in small areas, other species including the Pseudotsuga menziesii and Pinus
nigra. For information about the influence in pedogenesis of Pseudotsuga menziesii and
Pinus nigra, were selected three sampling areas, one of Pseudotsuga menziesii (PM) other of
Pinus nigra (PN) and another representing the initial situation, Quercus pyrennaica (QP) in
adjacent areas with similar characteristics of soil and climate. In each sampling area 15 points
were selected at random. In each point we colleted the organic material in a 0,49 m2 area and
soil samples at depths 0-5, 5-10, 10- 15, 15-20 and 20-30cm.
The organic horizons have maximum development, comprising the layers L, F and H.
The results show that the accumulation of organic residues at the soil surface is higher in PM
species when compared with PN and QP species. The PM forest floor is rich in mineral
elements (P-phosphorus, Ca-calcium, Mg-magnesium); PN the forest floor are rich in mineral
element carbon (C) and the residue of QP are rich in mineral element potassium (K). In
general, the concentrations of elements increases during the mineralization process, that is
from, L to H.
In all soils, it was observed that concentrations of mineral components decrease
considerably from the organic horizon to the mineral horizon. It was registered a low
concentration in exchangeable bases on the soil in the three species, and the incorporation of
exchangeable bases is superior in soil under PM. All soils are considered acid with the
highest pH (H2O) value (5.4) in soil under PM and lower (4.7) in soil under PN. The bulk
density is generally higher than 1 for all three species, along the soil depth. The values do not
differ significantly between soils. The differences among soils tend to fade along the edaphic
profile
Effects of land cover changes in forest systems on soil carbon stocks
Este estudo tem por objectivo avaliar o efeito da substituição de áreas de Quercus pyrennaica (QP), que representa a vegetação climácica da Serra da Nogueira, NE Portugal, pelas espécies Pseudotsuga menziesii (PM) e Pinus nigra (PN) no armazenamento de carbono nos horizontes orgânicos e minerais do solo. Para o efeito, foram seleccionadas três áreas de amostragem, localizadas sob QP (representa o solo original), PM (50 anos de idade) e PN (também com 50 anos de idade), em zonas adjacentes com condições de solos e clima similares. Em cada área de amostragem, foram seleccionados aleatoriamente 15 locais, onde se procedeu à colheita do horizonte orgânico (numa área de 0,49 m2 por local) e a amostras de solo nas profundidades 0-5, 5-10, 10-15, 15-20 e 20-30 cm. Os horizontes minerais armazenam cerca de 88 % do carbono total sob as espécies PM e PN e cerca de 95 % sob a espécie QP. Cinco décadas após a substituição da vegetação climácica observam-se perdas de carbono nos horizontes minerais do solo e ganhos nos horizontes orgânicos. A perda de carbono representa cerca de 30 % do total armazenado no solo original, quando se considera os horizontes orgânicos e minerais conjuntamente.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Evolução dos horizontes orgânicos e de características químicas em solos desenvolvidos sob a espécie Pseudotsuga menziesii
A natureza e a quantidade de folhada produzida pelas diferentes espécies florestais, apresentam elevada importância no tipo de matéria orgânica formada. Com efeito, a vegetação constitui a principal fonte de resíduos da fracção orgânica do solo, pelo que é de esperar que afecte de forma mais ou menos marcada o teor e propriedades daquele constituinte, por sua vez determinante de uma série de processos que intervêm na pedogénese e na evolução do solo.
O presente estudo decorreu na Serra da Nogueira, Norte de Portugal, coberta por um bosque de Quercus pyrennaica, que constitui a vegetação climácica, mas onde tem-se vindo a assistir à introdução, em pequenas áreas, de outras espécies nomeadamente de Pseudotsuga menziesii. Para obter informação sobre a influência na pedogénese da espécie Pseudotsuga menziesii, foram seleccionadas três áreas de amostragem, uma de Pseudotsuga menziesii com 40 anos (PM40) outra de Pseudotsuga menziesii com 15 anos (PM15) e outra, que representa a situação inicial, de Quercus pyrennaica (QP), em zonas adjacentes e com características edafo-climáticas idênticas. Em cada área de amostragem foram seleccionados, de forma aleatória, 10 locais onde se procedeu à recolha do material orgânico numa área de 0,25 m2 e à recolha de amostras, nos horizontes minerais, nas profundidades 0-5, 5-10 e 10-20 cm.
Quando se compara as características químicas do solo desenvolvido sob PM15 com o solo desenvolvido sob PM40 e o solo na situação inicial (QP), observa-se maior acidez e menor teor em carbono, azoto, fósforo, potássio e bases de troca, principalmente nas camadas mais profundas. Esta constatação está intimamente relacionada com a menor quantidade de biomassa acumulada à superfície daquele solo e com as inferiores concentrações de elementos minerais no horizonte orgânico. Entre o solo desenvolvido sob PM40 e o solo na situação inicial (QP) as diferenças são menos notórias. Aparentemente, com o decorrer do tempo, as características do solo desenvolvido sob a espécie Pseudotsuga menziesii tendem a aproximar-se das do solo na situação inicial
Impact of tree species replacement on carbon stocks in a Mediterranean mountain area, NE Portugal
Forest species replacement can influence significantly the amount of carbon stored in the several compartments
that compose the terrestrial ecosystems (biomass, forest floor and mineral soil). This study intends to evaluate
the influence of the replacement of the Quercus pyrenaica species (QP), which represents the climax vegetation of
Serra da Nogueira, NE Portugal, by the Pseudotsuga menziesii (PM) and Pinus nigra (PN) plantations (fast-growing
species). For this purpose, three plots of 314m2 were established in each stand (9 plots in total) and the height
and diameter at the breast height of all trees were measured, in order to characterize the stands and estimate the
tree biomass. Herbaceous vegetation and forest floor were collected in areas of 0.49m2 in 15 points under each
tree species (5 per plot). At the same points, disturbed and undisturbed soil samples were collected at depths 0–5,
5–10, 10–15, 15–20 and 20–30 cm. Thirty years after the climax vegetation replacement, carbon gains are observed
in forest species biomass and forest floor (1.3 Mg C ha−1 year−1 in PN and 4.0 Mg C ha−1 year−1 in PM)
and significant losses were recorded on soil carbon pool (about 2.2 Mg C ha−1 year−1). Total carbon accumulated
is significantly higher in PM (331 Mg C ha−1) compared to PN (246 Mg ha−1) and QP (273 Mg C ha−1),
which present statistically similar values. Tree biomass and mineral soil constitute the major carbon pools.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Impacto da substituição de espécies florestais no armazenamento de carbono nos horizontes orgânicos e minerais do solo
O presente trabalho tem por objetivo avaliar a influência da substituição de áreas de Quercus
pyrenaica, que constitui a vegetação climácica da Serra da Nogueira, Nordeste de Portugal,
pela espécie Pseudotsuga menziesii, no armazenamento de carbono nos horizontes orgânicos
e minerais do solo. Selecionaram-se três áreas de amostragem em zonas adjacentes com
condições edafo-climáticas idênticas: a primeira coberta por Quercus pyrenaica (QP)
representa o solo original, a segunda localiza-se num povoamento de Pseudotsuga menziesii
com 40 anos (PM40) e a terceira, também sob Pseudotsuga menziesii com 15 anos de idade
(PM15). Em cada área de amostragem, elegeram-se de forma aleatória 10 locais, onde foram
colhidas amostras de horizonte orgânico numa área de 0,49 m2 e amostras de solo nas
profundidades 0-5 cm, 5-10 cm e 10-20 cm, em cada um dos locais. Os resultados mostram
que a concentração de carbono é significativamente mais elevada nos horizontes orgânicos
sob a espécie autóctone (QP), mas a quantidade de resíduos orgânicos acumulados na
superfície do solo é maior sob a espécie introduzida (PM40 e PM15). Os horizontes orgânicos
armazenam 17, 13 e 6% do total de carbono em PM40, PM15 e QP, respetivamente. Quatro
décadas após a substituição de espécies, observa-se uma perda de carbono nos horizontes
minerais do solo, embora sem diferenças significativas quando se compara o solo sob a
espécie introduzida (PM) com o da espécie original (QP). Quando se consideram
conjuntamente os horizontes minerais e orgânicos observam-se perdas de carbono de cerca de
30% em PM15 e ganhos de cerca de 10% em PM40. Com base nos resultados, sob a espécie
PM os horizontes orgânicos funcionam como sumidouro, enquanto os horizontes minerais
funcionam como fonte de carbono
Impacto da substituição de espécies florestais em propriedades químicas dos horizontes orgânicos e minerais do solo
A substituição de espécies florestais, através da quantidade, qualidade, distribuição e taxa de decomposição
dos resíduos orgânicos produzidos pelas espécies florestais, pode conduzir a modificações expressivas nas
propriedades químicas dos horizontes do solo, traduzidas em modificações importantes no ciclo de nutrientes
dos ecossistemas. A matéria orgânica tem um papel determinante numa série de processos que intervêm na
pedogénese, na evolução do solo e direta e indiretamente na nutrição vegetal. O presente trabalho pretende dar um contributo para o conhecimento dos efeitos da substituição da vegetação climácica (Quercus pyrenaica, QP) da Serra da Nogueira, NE Portugal, por espécies de crescimento rápido (Pseudotsuga menziesii, PM e Pinus nigra, PN) nas propriedades químicas dos horizontes orgânicos e minerais do solo, num período de 30 anos. A área de estudo ocupa uma faixa de altitude entre os 1000 e os 1100 m, a temperatura média anual é de 12ºC e a precipitação média anual é de 1100 mm, com distribuição tipicamente mediterrânica. Os solos são classificados de Leptossolos dístricos órticos derivados de rochas básicas. Delimitaram-se 3 parcelas de 315 m2 em cada povoamento das espécies em estudo (9 parcelas no total) em zonas adjacentes e com características edafoclimáticas idênticas. Por sua vez, em cada parcela foram estabelecidos, de forma aleatória, 5 pontos onde se procedeu à recolha do material orgânico numa área de 0,49 m2 por local, totalizando 15 pontos por espécie. Nos mesmos pontos colheram-se também amostras nos horizontes minerais do solo nas profundidades 0-5, 5-10, 10-15, 15-20 e 20-30 cm. Trinta anos após a substituição da vegetação climácica observam-se em todos os solos analisados, que as concentrações de elementos minerais diminuem consideravelmente dos horizontes orgânicos para os horizontes minerais. O teor de matéria orgânica sofreu uma redução significativa nos horizontes minerais dos solos sob as espécies introduzidas (PM e PN). Também, a concentração de bases de troca é superior no solo original (QP), seguindo-se as espécies PM e PN, respetivamente. A capacidade de troca catiónica efetiva segue a mesma tendência das bases de troca. Todos os solos situam-se na zona considerada ácida com o valor de pH (H2O) mais elevado (5,4) no solo sob PM e o mais baixo (4,7) no solo sob PN. As diferenças entre solos tendem a anular-se ao longo do perfil edáfico nos solos desenvolvidos sob as três espécies em estudo.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Impacto da substituição de espécies florestais no armazenamento de carbono em áreas de montanha da região mediterrânea
A substituição de espécies florestais pode interferir de forma significativa na quantidade de carbono armazenada nos diversos compartimentos que constituem os ecossistemas terrestres (biomassa, horizontes orgânicos e solo). Com o presente trabalho pretende-se avaliar a influência da substituição da vegetação climácica (Quercus pyrenaica) da Serra da Nogueira, situada no NE Portugal, pelas espécies Pseudotsuga menziesii (PM) e Pinus nigra (PN) no armazenamento de carbono no sistema. Para o efeito, estabeleceram-se três parcelas de 315 m2 em povoamentos de cada uma das espécies consideradas (9 parcelas no total) e procedeu-se à medição da altura e do diâmetro à altura do peito de todas as árvores e à colheita de amostras de vegetação herbácea e de horizontes orgânicos em áreas de 0,49 m2 em 15 pontos por espécie (5 por parcela). Nos mesmos pontos colheram-se amostras de solo perturbadas e não perturbadas nas profundidades 0-5, 5-10, 10-15, 15-20 e 20-30 cm. Trinta anos após a substituição da vegetação climácica observam-se ganhos de carbono na biomassa das espécies florestais e nos horizontes orgânicos, o que é mais notório na espécie PM, e perdas significativas de carbono no solo. O total de carbono acumulado é significativamente superior em PM (331 Mg ha-1) comparativamente a PN (246 Mg ha-1) e QP (273 Mg ha-1), que apresentam valores estatisticamente idênticos.Forest species replacement can influence significantly the amount of carbon stored in the several compartments that compose
the terrestrial ecosystems (biomass, forest floor and mineral soil). This study intends to evaluate the influence of the
replacement of the Quercus pyrenaica species (QP), which represents the climax vegetation of Serra da Nogueira, NE Portugal,
by the Pseudotsuga menziesii (PM) and Pinus nigra (PN) forest species. For this purpose, three plots of 315 m2 were
established in each stand (9 plots in total) and the height and diameter at breast height of all trees were measured. Herbaceous
and forest floor were collected in areas of 0.49 m2 in 15 points per species (5 per plot). At the same points, disturbed and
undisturbed soil samples were collected at depths 0-5, 5-10, 10-15, 15-20 and 20-30 cm. Thirty years after the climatic
vegetation replacement, carbon gains are observed in the forest species biomass and in the forest floor, which is more
noticeable in PM, and significant losses of carbon in the mineral soil. Total carbon accumulated is significantly higher in PM (331
Mg ha-1) compared to PN (246 Mg ha-1) and QP (273 Mg ha-1), which present statistically identical values.info:eu-repo/semantics/publishedVersio